segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques

Nasceu em Jaú, SP., na Diocese de São Carlos no Brasil, aos 13 de maio de 1948, filho de Antonio Marques de Toledo e de Arminda Tosi Marques, ambos já falecidos. O primeiro dentre cinco filhos e uma filha. Em 1953 a família se transferiu para Barra Bonita, SP.
Dados Sacramentais
Recebeu o Batismo aos 13 de junho de 1948, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Patrocínio em Jaú, SP, pelas mãos do Pe. Francisco Serra
a Crisma a 6 de janeiro de 1949, na mesma Igreja, de D. Ruy Serra; Bispo Diocesano de São Carlos;
Aos 28 de outubro de 1956, na Igreja Matriz de São José em Barra Bonita, SP, recebeu a Primeira Eucaristia do Pároco Pe. Lauro Gurgel do Amaral
A 2 de dezembro de 1973, na Catedral de São Carlos Borromeu, foi ordenado Diácono, pelas mãos de Dom Constantino Amstalden, Bispo Administrador Apostólico de São Carlos;
A 8 de dezembro de 1974, na Igreja de Santo Antonio, Paróquia de São José em Barra Bonita, SP, foi ordenado Presbítero, pelas mãos de Dom Constantino Amstalden, Bispo Administrador Apostólico de São Carlos
Foi nomeado pelo Santo Padre o Papa João Paulo II, no dia 10 de julho de 1991, Bispo Auxiliar do Eminentíssimo Cardeal Lucas Moreira Neves, O. P. , Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil, com o Título de Bispo de Lisínia;
Foi ordenado Bispo pelas mãos do mesmo Cardeal Lucas Moreira Neves, O. P., aos 20 de setembro de 1991, na Catedral de São Carlos Borromeu, na Cidade e Diocese de São Carlos, SP., no Brasil.
Foi apresentado como Bispo Auxiliar à Arquidiocese de São Salvador da Bahia, no dia 10 de outubro de 1991, na Igreja Basílica de São Sebastião do Mosteiro de São Bento em Salvador, BA, Brasil.
Foi nomeado pelo Santo Padre o Papa João Paulo II, no dia 13 de janeiro de 1999, Arcebispo de Fortaleza, CE, Brasil.
Formação Escolástica
Fez o Curso Primário no Grupo Escolar ” Dr. Fernando Costa ” em Barra Bonita, SP, nos anos 1955 a 1958;
Fez o Curso Secundário no Ginásio Estadual de Barra Bonita, nos anos 1959 a 1962;
Em seguida fez o Curso Técnico de Contabilidade no Colégio Comercial de Barra Bonita, nos anos 1963 a 1965;
Cursou por dois anos os estudos de Magistério , interrompendo-os para o ingresso no Seminário Menor Diocesano de São Carlos em 1966;
No Seminário Menor Diocesano de São Carlos, cursou em 1966 o 2º Ano Clássico e em 1967 concluiu o 3º Ano Clássico;
Realizou seus Estudos Filosóficos no recém fundado Seminário Maior Diocesano de São Carlos, nos anos 1968 a 1970;
Residindo no Seminário Maior Rainha dos Apóstolos, em Curitiba, PR, realizou os Estudos Teológicos no ” Studium Theologicum Claretianum ” , filiado à Universidade Lateranense de Roma, nos anos 1971 a 1974;
De outubro de 1977 a março de 1978 fez Curso de Espiritualidade na Escola Sacerdotal do Movimento dos Focolares em Frascati, Itália.
Exercício do Ministério Presbiteral
Exerceu sua missão sacerdotal no Seminário Diocesano de São Carlos
(Menor e Maior ) : como Diretor Espiritual nos anos 1975 a 1978 e como Reitor do mesmo Seminário de 1979 a 1986.
Lecionou do Seminário desde 1975 a 1991 diversas disciplinas: Doutrina Cristã, Espiritualidade, História da Salvação, Instrodução à Sagrada Escritura, Lógica, Cosmologia, Ontologia do Ser Vivo, Antropologia Filosófica.
Durante o período de Direção do Seminário Diocesano, auxiliou como Vigário Paroquial em algumas Paróquias: Borborema, Ibaté e Catedral de São Carlos – na Reitoria da Capela do Educandário São Carlos.
Neste mesmo período foi nomeado Coordenador Diocesano da Pastoral Vocacional e iniciou um acompanhamento dos Movimentos Familiares na Diocese.
No início de 1987 foi nomeado pároco da Paróquia de Santo Antonio de Vila Prado em São Carlos, onde permaneceu até sua nomeação episcopal a 10 de julho de 1991.
Em 1988 foi nomeado Vigário Episcopal e Coordenador Diocesano de Pastoral
Durante seu ministério sacerdotal na Diocese de São Carlos, participou continuamente do Conselho de Presbíteros, Conselho para Assuntos Econômicos, Colégio de Consultores.
Exerceu a função de Defensor do Vínculo na Câmara Auxiliar Permanente da Diocese de São Carlos ao Tribunal Eclesiástico da Província de Campinas.
Desde 1983 foi nomeado cônego do Cabido Diocesano.
Exercício do Ministério Episcopal
Como Bispo Auxiliar de São Salvador da Bahia, recebeu a nomeação de Vigário Geral da Arquidiocese desde 1991 a 1999.
Responsável pela Formação Sacerdotal e Diaconal: acompanhando na Arquidiocese as Equipes de Formação dos Seminários Propedêutico e Maior, Instituto de Teologia e Escola Diaconal e Pastoral Vocacional, e a Formação Permanente do Clero, de 1991 a 1998.
Exerceu o magistério ensinando no Instituto de Teologia da Universidade Católica do Salvador, diversas disciplinas: Teologia dos Ministérios, Teologia da Espiritualidade, Teologia do Matrimônio, Teologia Pastoral.
Encarregado de articular e formar na Arquidiocese a Pastoral Familiar a partir de Movimentos Familiares e Coordenação Arquidiocesana de En contros de Preparação para os noivos, de 1992 a 1999.
Responsável no acompanhamento dos Movimentos, Associações e Serviços Eclesiais presentes na Arquidiocese ( Apostolado da Oração, Associação das Senhoras da Caridade, Comunhão e Libertação, Movimento de Cursilho de Cristandade, Curso sobre a Igreja, Encontro de Casais com Cristo, Encontro do Diálogo, Equipes de Nossa Senhora, Federação das Congregações Marianas, Comunidade de Vida Cristã, Movimento dos Focolares, Legião de Maria, Movimento Apostólico de Schönstatt, Movimento Escalada, Movimento Familiar Cristão, Movimento Serra, Núcleo Noelista de Salvador, Ordem Franciscana Secular, Renovação Carismática Católica, Sociedade São Vicente de Paulo, Oficinas de Oração e Vida, Comunidade Católica Shalom, Comunidade Canção Nova, Fraternidade Missionária Verbo de Vida, Comunidade de Jovens Cristãos, (OPA – Oração pela Arte ), e no acompanhamento e formação dos Leigos, de 1991 a 1999.
Responsável na Arquidiocese pela Pastoral da Juventude e Pastoral da Criança, de 1991 a 1998.
De 1993 a 1999, Vigário Episcopal para a Pastoral com a responsabilidade de acompanhamento e formação de todas as Comissões Pastorais na Arquidiocese, do Conselho Arquidiocesano de Pastoral e da Coordenação da Comissão Central de Pastoral.
A partir de 1996, responsável pela animação do PRNM de preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000, com a supervisão das Comissões Pastorais (32) nas exigências TESTEMUNHO, SERVIÇO, DIÁLOGO e ANÚNCIO.
Como Bispo Auxiliar, participante na Arquidiocese de Salvador dos Conselhos: Episcopal, Presbiteral, Pastoral e Colégio de Consultores.
No Regional NE III da CNBB, Bahia e Sergipe, assumiu em diversos períodos o acompanhamento especial da Pastoral da Criança, da Pastoral Familiar e da Formação Sacerdotal, R.C.C.; Coordenação Estadual.
Situação atual do Ministério
Nomeado Arcebispo Metropolitano de Fortaleza pelo Papa João Paulo II, no dia 13 de janeiro de 1999 e Tomada de Posse na Arquidiocese de Fortaleza no dia 24 de março de 1999.
Presidente do Regional Nordeste 1 da CNBB; Ceará, para o atual mandato de 2007 – 2011.
Escudo Arquiepiscopal
Lema: ” FIAT VOLUNTAS TUA ***
*** Venha o teu reino, SEJA FEITA A TUA VONTADE assim na terra, como no céu. ” ( Mt. 6, 10 )
Deus Amor em sua Unidade e Trindade é o Mistério fonte e meta de toda a humanidade e de todo o universo. Nele todos nos movemos e somos. Imagem e semelhança de Deus somos criados: pluralidade na unidade do Amor.
Jesus, o Verbo, se encarnou para estabelecer na terra, como no céu, o Reino de Deus – Sua Vontade feita em nós. A Igreja é na terra o germe e o sacramento do Reino: Povo reunido na Unidade da Trindade.
O escudo arquiepiscopal (coberto pelo chapéu prelatício com quatro fileiras de borlas e encimado pela cruz arquiepiscopal de dupla trave) na sua única cor azul quer expressar a Unidade Divina que vive na Trindade das Pessoas: Pai e Filho e Espírito Santo – expressa nos três campos iguais e cosidos.
No centro o Mistério Pascal de Cristo, o Filho de Deus, que na cruz deu toda sua vida por amor de nós homens e por nossa salvação. O vermelho do centro da cruz simboliza o Amor de Deus que atinge seu ápice no Abandono – com o Dom do Espírito Santo, fogo que Jesus veio acender na terra e quer que se espalhe.
Mergulhada toda no Mistério da Paixão Salvadora de Cristo está Maria Desolada, Mãe e Modelo da Igreja – Estrela Guia da Salvação e da Evangelização. No centro do escudo Jesus Crucificado e Abandonado, chave da Unidade; Maria Desolada, Porta do Céu; estas referências espirituais e simbólicas expressam as raízes espirituais do arcebispo na Obra de Maria, Movimento dos Focolares, sua família espiritual na Igreja.
A prata dos traços do escudo quer exprimir a glória que envolve todo o Mistério da Vida Divina que já se encarna na terra como graça do céu – glória do Senhor Ressuscitado.
O arcebispo deseja fazer de sua vida e episcopado, humilde serviço para que a Vontade Divina se realize na Igreja e na Família Humana, assim na terra como no céu. ” Fiat Voluntas Tua ” – Seja feita a vossa vontade: ” Para que todos sejam um ” ( Jo. 17, 21 ) no Amor de Deus.

Dom Bruno Gamberini (Em memória)




Dom Bruno Gamberini (Matão, 16 de julho de 1950 — São Paulo, 28 de agosto de 2011) foi um arcebispo católico brasileiro, o quarto bispo de Bragança Paulista e sexto bispo e quarto arcebispo de Campinas.

Foi o terceiro dos cinco filhos do casal de Armando Gamberini e de Tirsi Castellani. Realizou seus primeiros estudos na sua terra nata, no Grupo Escolar José Inocêncio da Costa e na Escola Estadual Professor Henrique Morato. O segundo grau e a Filosofia foram cursados no Seminário Diocesano de São Carlos. Cursou a Teologia no Studium Theologicum, filiado à Pontifícia Universidade Lateranense, em Curitiba, onde residiu no Seminário Rainha dos Apóstolos. Estudou canto coral e regência na Pró-Música, de Curitiba (1971-1974).

Foi ordenado diácono pelas mãos de S. Exa. Revma. Dom Constantino Amstalden, Bispo de São Carlos, em 2 de dezembro de 1974, na Catedral de São Carlos.

 Foi ordenado presbítero pelas mãos de S. Exa. Revma. Dom Constantino Amstalden, Bispo de São Carlos, em 11 de dezembro de 1974, na igreja de matriz do Senhor Bom Jesus, em Matão, sendo incardinado à Diocese de São Carlos.

 De 1974 a 1995, foi Coordenador de Estudos e professor de Filosofia, no Seminário de São Carlos, onde, de 1991 a 1995, foi também reitor. De 1978 a 1989 foi Coordenador Diocesano de Pastoral. Foi pároco de Ribeirão Bonito (1979-1981), primeiro juiz auditor da Câmara do Tribunal Eclesiástico de São Carlos (1980-1984), e, depois, Notário do Tribunal, até 1995. Foi reitor do Seminário de Teologia de São Carlos, em Campinas (1982-1986); pároco de Itajobi e Marapoama (1987-1989), Vigário Cooperador da Catedral de São Carlos Borromeu (1983-1985), também exercendo o ministério nas igrejas de São Judas e São Benedito. Em 19 de março de 1983, foi nomeado Cônego Honorário do Cabido da Catedral de São Carlos. Em 17 de maio de 1995, foi criado Monsenhor Prelado de Honra, pelo Papa João Paulo II.

 A 17 de maio de 1995, foi escolhido quarto Bispo Diocesano de Diocese de Bragança Paulista. A 16 de julho de 1995, foi sagrado bispo, na Catedral de São Carlos, tendo por sagrante principal Dom Constantino Amstalden, bispo diocesano de São Carlos, e como consagrantes: Dom Antônio Pedro Misiara, bispo diocesano de Bragança Paulista, e Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, então bispo auxiliar de São Salvador da Bahia.

 A 20 de agosto de 1995, tomou posse da Diocese de Bragança Paulista, onde desenvolveu um profícuo pastoreio, reorganizando a cúria, implantando novas disciplinas, criando paróquias e, sobretudo, evangelizando. A 2 de junho de 2004, foi escolhido como novo Arcebispo Metropolitano de Campinas, tendo continuado como Administrador Apostólico da diocese de Bragança Paulista até 30 de junho de 2004. A 1 de agosto de 2004, tomou posse como Arcebispo Metropolitano de Campinas, na Igreja do Liceu Nossa Senhora Auxiliadora, por estar a magnífica igreja catedral em restauração. Em Campinas, vem, igualmente, desenvolvendo com muito zelo seu pastoreio, sendo também o Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.


O seu lema foi mantido: "NOMEN DOMINI BENEDICTVM" (Bendito seja o Nome do Senhor), retirado do Livro dos Salmos (Sl. 112, 2), e usado no início da Bênção Pontifical; traduzindo o projeto de vida do bispo, que é empenhar-se para que do nascer ao por do sol seja louvado o Nome do Senhor, que tira o pobre do monturo e o coloca entre os príncipes do seu povo.

 Na Diocese de Bragança Paulista, Dom Bruno Gamberini foi o quarto bispo, sucedendo a Dom Antônio Pedro Misiara. Na Arquidiocese de Campinas, Dom Bruno foi o sexto bispo, o quarto arcebispo, sucedendo a Dom Gilberto Pereira Lopes.

 Dom Bruno sofria, já há algum tempo, com o diabetes.

No dia 20 de junho de 2011, três dias antes da Solenidade de Corpus Christi, Dom Bruno foi internado no Hospital e Maternidade Celso Pierro, da PUC-Campinas, em razão de uma indisposição. Foi diagnosticado o quadro de encefalopatia que em razão do mal funcionamento do fígado, as toxinas afetam o cérebro, causando dormência e esquecimento. Seu quadro se agravou, com a falência dos rins e fígado, ficando por dois dias em coma na Unidade de Terapia Intensiva Adulto.

Com a graça de Deus, se recuperou e na tarde dia 23 de junho, Corpus Christi, foi liberado do Hospital e passou a se recuperar na casa do saudoso Monsenhor José Antônio de Moraes Busch, tendo em vista a necessidade de tranquilidade absoluta e o monitoramento constante de seu estado de saúde.

No dia 17 de julho, Dom Bruno voltou a ser internado na Unidade de Terapia Intensiva Adulto do Hospital e Maternidade Celso Pierro, com o quadro de encefalopatia, mas mantinha-se acordado, consciente, lúcido e conversando. Alimentava-se sozinho e seus sinais vitais estavam dentro da normalidade. Permaneceu internado até o dia 19 de julho, quando foi liberado e voltou para a sua residência particular, acompanhado por sua sobrinha, Carolina.
 
Na noite de 22 de agosto, rompeu-se uma veia do seu esôfago, causando uma grande hemorragia. Dom Bruno foi imediatamente levado ao Hospital e Maternidade Celso Pierro, onde ficou internado na Unidade Coronária (UCO). Na madrugada de 26 de agosto, às 02h30, foi transferido para o Hospital Bandeirantes, em São Paulo, para ser acompanhado por uma equipe de hepatologistas.

Na tarde de domingo, dia 28 de agosto de 2011, às 15h00, Dom Bruno faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos.


Dom Bruno Gamberini foi co-consagrante de:

    Dom José Maria Pinheiro
    Dom Sérgio da Rocha
    Dom Francisco Carlos da Silva

Dom José Cardoso Sobrinho


           

Dom Frei José Cardoso Sobrinho, OCarm (Caruaru, 30 de junho de 1933) é um arcebispo católico brasileiro, arcebispo emérito da Arquidiocese de Olinda e Recife.
D. José cursou o ensino básico em Caruaru e em Goiana. Cursou o ensino médio no seminário menor da Ordem do Carmo, também em Goiana, entre 1945 e 1950. Em 1951, ingressou no Seminário Maior da Província Carmelitana Fluminense em São Paulo, .Em Roma cursou Teologia também no Colégio Intenacional de Santo Alberto (da Ordem Carmelita), ordenando-se presbítero em 28 de abril de 1957. Especializou-se em Direito Canônico, obtendo o doutorado "in utroque iure" ("em dois direitos", isto é, em direito civil e canônico) na Universidade Gregoriana em 1966, com a tese ‘The Seminarian's option for celibacy’. Também cursou Direito Civil na universidade Lateranense de Roma entre 1965 e 1967.
 
Foi Professor de Direito Canônico em Roma, no Colégio Internacional Santo Alberto da Ordem Carmelita (1960-1968); Conselheiro Geral da Ordem Carmelita (1971-1977); Procurador Geral da Ordem Carmelita (1971-1979).
[editar] Atividades episcopais

Foi nomeado bispo de Paracatu, Minas Gerais, em 28 de abril de 1979, recebendo a ordenação em 27 de maio de 1979, em Roma, pelas mãos do papa João Paulo II. Em 1985 foi nomeado arcebispo em 10 de abril de 1985, assumindo a Arquidiocese de Olinda e Recife, em substituição a Dom Hélder Câmara.

Entre 1987 e 1991 foi Presidente do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Ao completar 75 anos de idade em 30 de junho de 2008, encaminhou ao papa Bento XVI sua carta de renúncia ao cargo de arcebispo[1] (a idade-limite de 75 anos para a entrega da função é estabelecida pelo Código Canônico).

Defensor dos valores católicos tradicionais e fiel ao Direito Canônico, envolveu-se em diversas polêmicas à frente da Arquidiocese de Olinda e Recife[2].

Em fevereiro de 2008, entrou com representação no Ministério Público com o objetivo de obter, através da Justiça, um veto estadual à distribuição da chamada pílula do dia seguinte, diante da decisão das Prefeituras de Olinda e Recife de distribuí-las durante o Carnaval.

Tornou-se bastante conhecido pela sociedade brasileira no início de março de 2009, ao informar a excomunhão da mãe e da equipe médica responsáveis realização de aborto em uma menina de 9 anos, vítima de abuso sexual pelo padrasto, que engravidara de gêmeos. O Código de Direito Canônico, ao tratar da excomunhão, afirma que quem pratica aborto incorre em excomunhão latae sententiae, ou seja, o fiel automaticamente incorre em excomunhão ao praticar conscientemente o ato condenado pela Igreja. Segundo D. Cardoso, para incorrer na penalidade é preciso maioridade, portanto a pena não se aplica à menina[3],[4].

O Direito Canônico não prevê tal pena para o estuprador. Segundo D. Cardoso, o estupro é um pecado gravíssimo e o aborto é mais grave do que o estupro. [5].
[editar] Ordenações Episcopais

Principal ordenante de:

    Dom Antônio Fernando Saburido,O.S.B.

co-ordenante de:

    Dom Paulo Cardoso da Silva, O. Carm.
    Dom Hilário Moser, S.D.B.
    Dom João Evangelista Martins Terra, S.J.
    Dom Valério Breda, S.D.B.
    Dom Antônio Muniz Fernandes, O. Carm.
    Dom Benedito Gonçalves dos Santos

Dom Valério Breda SDB

       

        Bispo de Penedo - AL
Lema
: “Caritas Christi Urget"
Nascimento
: 24 de janeiro de 1945
Ordenação Sacerdotal
: 29 de junho de 1973

              Nasceu no dia 24 de janeiro de 1945 em San Fior no norte da Itália, filho de Antônio e Elisabetta. Dom Valério é da Congregação Salesiana de Dom Bosco e tem um irmão sacerdote na Itália. Veio para o Brasil integrando o Projeto “Inspetorias-Irmãs” (Gemellaggio) aos 17 de novembro de 1983, ficando em Matriz de Camaragibe – AL. Foi inspetor da Inspetoria Salesiana de Recife. É o segundo bispo não brasileiro a assumir a diocese penedense. Foi ordenado bispo na cidade de Recife a 19 de outubro de 1997, pelo saudoso Cardeal Dom Lucas Moreira Neves, arcebispo de São Salvador – BA, Primaz do Brasil e presidente da CNBB. Foram bispos ordenantes: Dom Edivaldo Gonçalves Amaral, SDB, arcebispo de Maceió – AL e Dom Frei José Cardoso Sobrinho- OC, arcebispo de Recife e Olinda. Sua posse ocorreu em dia 23 de Novembro de 1997 na Catedral de Penedo.

João de Deus

I - OS PRIMEIROS PASSOS DE UM GRANDE SERVO DE DEUS

João Paulo II foi o primeiro papa eslavo na história da Igreja. Eleito em 16 de outubro de 1978 para suceder a João Paulo I, o cardeal polonês Karol Wojtyla quebrou uma tradição de quase meio milênio: foi o primeiro papa não-italiano desde Adriano VI, este, escolhido 456 anos antes. Na época, a escolha de um cardeal estrangeiro - além disso, oriundo da Europa oriental - foi vista como o início de uma nova era na igreja. E, João Paulo II mudou a Igreja Católica para melhor.

Karol Wojtyla (João Paulo II), com os pais Emilia e Karol.
Wadowice, Polônia.

Originário de uma família da pequena classe média, Karol Josef Wojtyla nasceu em Wadowice, Polônia, no dia 8 de maio de 1920. Filho de um operário (Karol Wojtyla), que se tornou sub-oficial do Exército, o menino Wojtyla ficou órfão de mãe (Emília Kaczorowska) aos nove anos e teve uma infância difícil. Em Wadowice - sua terra natal - fez seus primeiros estudos e concluiu o curso ginasial. Aluno dedicado, destacou-se nos estudos e nos esportes, merecendo elogios dos colegas e professores.

II - A ESCOLHA PELO SACERDÓCIO

Sua juventude foi marcada por intensos contatos com a comunidade judaica de Cracóvia. Inteligência rara, ainda muito jovem, Karol Wojtyla identificou-se com a literatura: queria ser poeta e dramaturgo. Na Universidade de Cracóvia, iniciou o curso de Língua Polonesa e Literatura, interrompido no primeiro ano, em virtude da II Grande Guerra, quando do fechamento da universidade pela forças alemãs, logo após a ocupação da Polônia. Diante desta situação, juntamente com um grupo de jovens, organizou uma universidade clandestina, onde estudou filosofia, línguas e literatura.
Por esse tempo, passou a trabalhar numa fábrica de produtos químicos.  Desse período é de sua autoria uma peça teatral encenada no Vaticano, anos depois. Atleta, ator, tradutor, musico, dramaturgo e filósofo na juventude, Karol Wojtyla ao perder seu pai resolveu ser padre.
Assim, em 1942, aos 22 anos de idade, ingressou no Departamento Teológico da Universidade Jaqielloniana. E, fugindo das perseguições nazistas, até o final da segunda guerra mundial viveu escondido, junto com outros seminaristas, que foram acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia. Por fim, concluindo seus estudos eclesiásticos, ordenou-se sacerdote no dia 1º de novembro de 1946, em cerimônia litúrgica realizada na Capela do Seminário Maior de Cracóvia. Dias depois, celebrou sua primeira Missa na Cripta de São Leonardo, na Catedral de Wavel.

III - UMA TRAJETÓRIA ASCENDENTE

Doutor em Teologia pela Universidade Pontifícia de Roma, Karol Wojtyla foi docente de Teologia e Moral na Universidade Jaqielloniana, de Cracóvia, e, subseqüentemente, na Universidade Católica de Lublin, onde interagiu com importantes representantes do pensamento católico polonês, especialmente da vertente conhecida como ‘tomismo lublinense’.
No exercício das referidas funções permaneceu até 23 de Setembro de 1958, quando foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Apostólico de Cracóvia, convertendo-se no membro mais jovem do Episcopado Polonês. Quatro anos depois, ascendeu à condição de titular daquela diocese.
Sempre atuante, sua carreira eclesiástica teve uma trajetória ascendente. Progressista, seu pensamento “combinava a produção teológica com um intenso trabalho apostólico, especialmente com os jovens, com quem compartilhava tanto momentos de reflexão e oração como espaços de distração e aventura ao ar livre”.
Em 1964, aos 44 anos de idade, tornou-se Arcebispo. Três anos mais tarde, foi designado cardeal pelo papa Paulo VI. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyla participou do Concílio Vaticano II, “contribuindo para a redação de documentos que se tornariam no Decreto sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno (Gaudium et Spes), dois dos mais historicamente importantes e influentes resultados do concílio”. Como Arcebispo, o futuro papa “caracterizou-se pela integração dos leigos nas tarefas pastorais, a promoção do apostolado juvenil e vocacional, a construção de templos apesar da forte oposição do regime comunista, a promoção humana e formação religiosa dos operários e o incentivo ao pensamento e às publicações católicas”.

IV - A ELEIÇÃO PARA O TRONO DE PEDRO

Na tarde do dia 16 de outubro de 1978, trinta e três dias após a morte do Papa João Paulo I, o Cardeal Karol Josef Wojtyla, foi eleito líder supremo da Igreja Católica, obtendo 99 dos 108 votos permitidos. Eleito, Wojtyla - que adotou o nome de João Paulo II, em homenagem ao seu antecessor - entrou para a história como o primeiro papa eslavo e, como possuía apenas 58 anos de idade, tornou-se o mais jovem desde Gregório XVI, escolhido em 1846.

Papa João Paulo II durante sua cerimônia de entronização na
Praça de São Pedro. Roma, Itália, 22 de outubro de 1978

Sua entronização solene aconteceu no dia 22 daquele mesmo mês e ano, consagrando-se o 264º sucessor de Pedro - São Pedro na tradição católica -, venerado como o primeiro papa.

V - UM PAPA CONSERVADOR

Liberal em matéria social, mas conservador em relação à doutrina, João Paulo II acentuou o aspecto pastoral da igreja, opondo-se firmemente ao aborto, ao controle da natalidade por meios artificiais e ao divórcio. Durante seu papado, fez ainda restrições à atuação de religiosos na política partidária e à ordenação de mulheres. Em seus discursos, criticava a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e, em especial, à Tologia da Libertação.



Papa João Paulo II sendo apoiado por seus assessores após
tentativa de assassinato por um terrorista na Praça de São Pedro.
Roma, Itália, 13 de maio de 1981

No dia 13 de maio de 1981, João Paulo II foi vítima de um atentado a bala, em plena Praça de São Pedro. Este episódio, promovido pelo terrorista turco Mohamed Ali Agca, nunca foi devidamente esclarecido no que diz respeito a participação de eventuais organizações. No entanto, trouxe sérias repercussões na saúde de João Paulo II. Anos mais tarde, o Vaticano revelaria ao mundo, que o ‘terceiro segredo de Fátima’, dizia respeito a esse atentado.

VI - O VERBO

Erudito, poliglota e esportista, João Paulo II inaugurou um estilo dinâmico, marcado por viagens freqüentes. Para tanto, desejando alcançar os objetivos traçados para seu pontificado, em abril de 1984 realizou uma reforma administrativa, quando delegou o governo do Vaticano. Com isso esperava poder se dedicar mais à função pastoral. E, ainda por sua iniciativa, em 1983 foi publicado o novo código de direito canônico, cuja revisão fora iniciada depois da conclusão do Concílio Vaticano II. 

Papa João Paulo II acena para a multidão no Shea Stadium.
Nova York, EUA, outubro de 1979

Durante seu pontificado, João Paulo II divulgou catorze encíclicas. Ei-las: ‘Redemptor Hominis’ (Redentor do Homem), em 4 de Março de 1979; ‘Dives in Misericordia’, aos 30 de Novembro de 1980; ‘Laborem Exercens’ - Sobre o trabalho e na comemoração do 90º aniversário da encíclica ‘Rerum Novarum’ do Papa Leão XIII, em 14 de Setembro de 1981; ‘Slavorum Apostoli’ (Apóstolos dos Eslavos) - Comemoração dos Santos Cirilo e Metódio, aos 2 de junho de 1985; ‘Dominum et Vivificantem’ (Senhor e Dador de Vida), em 18 de maio de 1986; ‘Redemptoris Mater’ (Mãe dos Redimidos), aos 25 de março de 1987; ‘Sollicitudo Rei Socialis’ - Sobre assuntos sociais, em 30 de dezembro de 1987; ‘Redemptoris Missio’ - Sobre a validade permanente do mandato missionário, aos 7 de dezembro de 1990; ‘Centesimus Annus’ (Centésimo Ano) - No 100º aniversário da encíclica ‘Rerum Novarum’; sobre o capital e o trabalho, em 1º de maio de 1991; ‘Veritatis Splendor’ (Esplendor da Verdade) - sobre questões de moral da Igreja, aos 6 de agosto de 1993; ‘Evangelium Vitae’ (Evangelho da Vida), em 25 de março de 1995; ‘Ut Unum Sint’ (Que Sejam Um) - Empenho no ecumenismo, aos 25 de maio de 1995; ‘Fide et Ratio’ (Fé e Razão), onde condena o ateísmo e a fé sem razão e afirma a posição da filosofia e razão na religião, aos 14 de setembro de 1998 e ‘Ecclesia de Eucharistia’ (Igreja da Eucaristia), em 17 de abril de 2003.

Papa João Paulo II dá a sua bênção aos peregrinos e fiéis na
 Praça de São Pedro no domingo de Páscoa. Roma, Itália.

Papa João Paulo II deixa o Coliseu após O Caminho da Cruz.
Roma, Itália, 09 de abril de 2004

VII - UM PONTIFICADO DE 26 ANOS

O pontificado de João Paulo II é o terceiro mais longo da história da Igreja Católica. Ao longo dos 26 anos que ocupou o trono de Pedro, visitou mais de 129 países e mais de 1000 localidades, levando a palavra de Deus aos mais diferentes povos e nações do mundo.

Papa João Paulo II em frente a montanha Monte Bianco durante
suas férias de verão. Val Ferret, Itália, 17 de julho de 2004.

Registra a história que a primeira metade do pontificado de João Paulo II foi “marcada pela luta contra o comunismo na Polônia e no restante dos países da Europa e do mundo”. Na seguinte, no entanto, “é de notar a crítica ao mundo ocidental capitalista, opulento e egoísta, dando voz ao Terceiro Mundo e aos pobres”.

Papa João Paulo II acena para fiéis na Praça de São Pedro.
Roma, Itália, 07 de abril de 2004


Papa João Paulo II posa com um grupo de freiras.
 Roma, Itália, 30 de abril de 2003.

Sua Santidade o Papa Joao Paulo II

Em 1998, numa visita a Cuba, condenou o embargo econômico imposto àquele país pelos Estados Unidos, colocando um ponto final numa relação tensa que durava 39 anos entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro. Entretanto, cinco anos mais tarde, pelas mãos do Cardeal Ângelo Sodano, enviou uma carta ao presidente cubano, criticando “as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e, também as condenações à pena capital”.

Papa João Paulo II ao lado de Dalai Lama. Roma, Itália, 27 de novembro de 2003.

Papa João Paulo II se reúne com o israelense Rabi Meir Lau e
o palestinos Sheikh Tatzir Tamimi.
Jerusalém, Israel, 23 de março de 2000

Papa João Paulo II reza na Igreja do Santo Sepulcro.
Jerusalém, Israel, 26 de março de 2000.

João Paulo II no Muro das Lamentações

João Paulo II promoveu uma aproximação com às grandes religiões monoteístas do mundo, embora tenha enfrentando acusações de ‘proselitismo agressivo’ feitas pelo mundo ortodoxo. Em janeiro de 2000, viajou à Terra Santa, onde obteve a reconciliação com os judeus. Em Jerusalém, visitou o Muro das Lamentações e “pediu perdão pelos erros e crimes cometidos pela Igreja no passado”.

VIII - O PAPA JOÃO PAULO II NO BRASIL

Havia um carinho muito especial entre João Paulo II e o povo brasileiro, que é considerado o mais católico do mundo. Por três vezes, ele visitou o Brasil. Em sua primeira visita, desembarcou em Brasília, ao meio-dia do dia 30 de junho de 1980, oportunidade em que foi recebido pelo General João Batista de Figueiredo, o último presidente do regime militar. Sua visita teve como objetivo principal “reforçar a união da família, conciliar as diversas tendências da Igreja Católica (reprimir a ala liberal) e definir seu papel em relação ao Estado”.

Papa João Paulo II cercado por fiéis.
Aparecida, Brasil, 04 de julho de 1980

Papa João Paulo II durante sua visita ao Brasil.
São Paulo, 03 de julho de 1980.

Papa João Paulo II beija o chão em sua chegada ao Brasil.
São Paulo, 12 de outubro de 1991 

Nessa primeira estadia entre nós, João de Deus - que de Brasília partiu para Manaus - percorreu treze cidades em apenas doze dias. A maratona teve um total de 30.000 km. Onze anos mais tarde, entre 12 e 21 de outubro de 1991, esteve pela segunda vez no Brasil, onde quebrou uma tradição: beijou novamente o solo brasileiro, pois ele não costumava beijar o solo de um país que ele já tinha visitado. Naquela oportunidade, João Paulo II visitou sete cidades e fez 31 discursos e homilias.

Papa João Paulo II ao lado do ex-presidente Fernando Collor.
Brasília, Brasil, 14 de outubro de 1991.

Sua última visita ao Brasil ocorreu entre os dias 2 e 6 de outubro de 1997 e foi a mais curta de todas. Desta vez, já se notava o cansaço da idade. Abatido, o Papa não conseguiu realizar o tradicional ato de beijar o chão, mas mesmo assim, encantou multidões de fiéis que foram ao seu encontro em busca de uma palavra de paz. No Rio de Janeiro, participou do Encontro Mundial da Família, realizado no Maracanã.

IX - O ESTADISTA DA PAZ

Papa João Paulo II em uma missa de beatificação de Anton
Martin Slomsek. Eslovênia, 19 de setembro de 1999

Eterno defensor da paz, João Paulo II foi um crítico feroz dos atentados terroristas, das guerras e dos atos de violência pelo mundo”.  Em 2003, seu nome chegou a ser cotado para o Prêmio Nobel da Paz. No entanto, o referido prêmio foi concedido à advogada iraniana Shirin Ebadi.

Papa João Paulo II chega ao altar para celebrar a Missa no prado
de Cracóvia Blonie. 18 de agosto de 2002

Espírito consciente e puro, em seu último livro ‘Memória e identidade’, classificou os atentados terroristas como erupções de violência, fazendo expresso pedido pelo fim dessas ações. Refletindo sobre o mundo atual, declarou ainda no mesmo livro: "Noto que os atos de violência diminuíram notavelmente, mas ainda existem no mundo as chamadas ‘redes do terror‘, que representam uma ameaça constante para a vida de milhões de inocentes".

Papa João Paulo II durante sua audiência semanal.
Roma, Itália, 07 de abril de 2004.

Comentando os atentados de 11 de setembro de 2001, disse aos fiéis presentes na Basílica de São Pedro: “Não há sentimentos de frustração, filosofia ou religião que justifiquem uma aberração como essa”.

João Paulo II fala com garotas polonesas.
Roma, Itália, 07 de abril de 2004.

Papa João Paulo II entre o príncipe Charles e a princesa Diana.
Vaticano, abril de 1985.

Sempre firme em suas posições, João Paulo II defendeu o perdão para a dívida externa dos países em desenvolvimento, alegando que o mundo será melhor quando homens forem iguais, quando as nações viverem em paz. E, classificou a Guerra do Iraque como ‘imoral e injusta’. Como emissário da paz, “João Paulo II teve importante papel no fim de conflitos internacionais. Foi um dos homens que mais trabalhou para encerrar a Guerra Fria, com sua luta obstinada contra o comunismo. O seu legado de paz e liberdade é reconhecido por líderes mundiais, que expressaram dor com a sua morte”.

X - A MORTE DE UM SANTO

Após o atentado de maio de 1981, com o passar dos anos João Paulo II tinha cada vez menos condições de aparecer em público. E isto fez com que diminuísse o ritmo de suas viagens. A princípio, começou a sofrer de sérios problemas ósseos. Mais tarde, a Santa Sé anunciou ao mundo que o papa sofria do mal de Parkinson. E, “apesar da debilidade física que marcou a fase final do seu pontificado, e que suscitou, em várias ocasiões, rumores sobre a sua morte, ele nunca perdeu a capacidade missionária e por várias vezes afirmou que levaria o episcopado até ao fim”.



Com a saúde debilitada, João Paulo II que estava internado no Hospital Gemelli, em Roma, recuperando-se de uma forte gripe, foi submetido a uma traaqueotomia para ajudar a respirar, no dia 24 de fevereiro deste ano. A partir desse dia, sua saúde entrou em declínio.
Recolhido aos seus aposentos, no Vaticano - onde viveu em orações até o limite de suas forças físicas - após falha circulatória e renal, e pressão arterial instável, João Paulo II faleceu às 21h37min (hora de Roma e 16h37min hora de Brasília) do dia 2 de abril de 2005, num sábado, que enlutou o mundo inteiro.


Milhares de fiéis assistiram, na Praça São Pedro, ao anúncio do falecimento do Santo Papa. O corpo de João Paulo II - após os rituais prescritos pela Igreja Católica - foi enterrado às 14h20 (9h20, horário de Brasília), da sexta-feira, dia 7 seguinte, na gruta sob a Basílica de São Pedro, a poucos metros do túmulo do Apóstolo Pedro, ao lado do túmulo de Paulo VI e em frente ao de João Paulo I. Uma lápide, com uma inscrição latina assinalando seu nome, a data de seu nascimento e morte, cobre a sepultura.

XI - A REPERCUSSÃO DA MORTE DO PAPA JOÃO PAULO II NO BRASIL

No Brasil, o maior país católico do mundo, o presidente Luís Inácio Lula da Silva decretou luto oficial por três dias após a morte do papa João Paulo II, ato que foi seguido por todos os governos estaduais.
Para Dom Geraldo Magela, Presidente da CNBB, “Cristo decidiu ter um vigário na terra, alguém visível que o representasse de modo mais especial junto a toda a Igreja e este alguém foi o Santo Padre”.
O presidente Lula afirmou à imprensa que a morte do Papa João Paulo II, entristeceu “profundamente o povo brasileiro, que tinha pelo Santo Padre grande afeto. Suas três visitas ao Brasil serão sempre recordadas com viva emoção. A canção ‘João de Deus’, entoada espontaneamente pelo povo brasileiro, expressou esta relação de carinho e respeito”.

XII - PORQUE JOÃO PAULO II SERÁ LEMBRADO

João Paulo II será lembrado por sua incessante luta pela paz. Mesmo sendo o papa mais jovem desde Pio IX, ele “tornou-se o Papa cuja ação foi mais decisiva no século XX: as suas viagens ultrapassaram em número e extensão as de todos os antecessores juntos, reunindo sempre multidões”.

Papa João Paulo II é presenteado com um cocar em Brasília.
Brasil, 11 de outubro de 1991.

Yasser Arafat recebe o Papa João Paulo II.
Roma, Itália, 02 de agosto de 2001.

Yasser Arafat recebe o Papa João Paulo II.
Roma, Itália, 02 de agosto de 2001.

Possuidor de um carisma à semelhança de João XXIII, foi o primeiro a pregar numa igreja luterana e numa mesquita, e o primeiro a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém. Durante seu pontificado, João Paulo II celebrou 147 cerimônias de beatificação e 51 de canonizações. Em resumo, proclamou 1338 beatos e 482 santos. E, “por seu carisma e habilidade para lidar com os meios de comunicação”, reconhecidamente, João Paulo II é o Papa mais popular da história. 
Foi beatificado pelo Papa Bento XVI no dia 1º de maio de 2011. 

Artigo publicado no jornal ‘A Voz do Povo’, Patos-PB, Ano VIII, nº 96, edição de maio de 2005.